domingo, 6 de fevereiro de 2011

Gary Moore (1952-2011)

"É com profunda tristeza e pesar que anunciamos que Gary Moore faleceu durante as férias em Espanha, na noite passada.
Nossos pensamentos estão com seus filhos, familiares e amigos neste momento triste.
Gary Moore, RIP (1952-2011)"

Com as tristes palavras acima, extraídas do site do guitarrista neste Domingo - 06/02/2011 - o mundo perde um dos seus melhores guitarristas.



Robert William Gary Moore nasceu próximo a Stormont, fora da Newtownards Upper Road, em Belfast, capital da Irlanda do Norte no dia 4 de abril de 1952. Moore começou a se apresentar cedo, com 8 anos de idade e com uma guitarra acustica velha e surrada.
Moore ganhou sua primeira guitarra de qualidade aos 14 anos de idade, aprendendo a tocar o instrumento com a mão direita na forma padrão, apesar de ser canhoto.

Suas influências musicais foram artistas como Albert King, Elvis Presley e The Beatles. Mais tarde, assistindo Jimi Hendrix e John Mayall's Bluesbreakers em sua cidade natal, Belfast, desenvolveu seu estilo para o blues-rock que viria a dominar sua carreira.

Em 1969, aos 16 anos mudou-se para Dublin, e uniu-se ao Skid Row (não confundir com a banda de Sebastian Bach - o outro Skid Row), com ele na guitarra solo e até arriscando em alguns vocais, Brush Shiels no baixo e vocal, Noel Bridgeman na bateria, Bernhard Cheevers na guitarra base e Phil Linott no vocal.

Moore lançou seu primeiro álbum solo em 1973, 'Grinding Stone' (já como "The Gary Moore Band"). Em 1978, continuou sua carreira solo com a ajuda de Phil Lynott. A combinação de guitarra blues-base de Moore e a voz Lynott gerou "Parisienne Walkways", que alcançou o Top Ten na lista de singles do Reino Unido, e em abril de 1979 o álbum de Thin Lizzy 'Black Rose: A Rock Legend', que chegou a número dois na parada de álbuns do Reino Unido. Ainda em 1979, "Back on the Streets" o segundo álbum solo, aparecia em 75° lugar na parada inglesa.

Após uma série de discos de rock, Moore voltou para a música blues com 'Still Got the Blues', com contribuições de Albert King, Albert Collins e George Harrison. O álbum foi bem recebido pelos fãs. Moore ficou com o formato do blues, até 1997, quando ele decidiu fazer uma experiência com batidas de dança moderna, com "Dark Days in Paradise", o que deixou muitos fãs - assim como da imprensa musical - confusos. O álbum "Back to the Blues" em 2001 viu o retorno ao seu formato testado e aprovado de blues. Ele continuou com este estilo em "Power of the Blues" (2004), "New Old Blues Ballads" (2006), "As You Get Close (2007)" e "Bad For You Baby" (2008). Moore também contribuiu com seções de guitarra para o álbum de 2000 de Richard Blackwood, "You'll Love to Hate This".



Um dos pontos mais marcantes - na opinião deste blogueiro - na carreira de Gary Moore, foi o álbum "Live at The Marquee", álbum gravado ao vivo em duas noites em 1980, no Marquee Club, em Londres. Para a gravação, Moore convocou o ex-vocalista da banda 'Lone Star' - Kenny Driscoll, o baixista da banda 'Kinks' - Andy Pyle, o ex-baterista da 'Black Oak Arkansas' e 'Pat Travers Band' - Tommy Aldridge, e o ex-colega da banda Colosseum II, o tecladista Don Airey, que iria contribuir para muitas das obras posteriores da carreira solo de Gary Moore. Músicas como "Nuclear Attack", "Back on the Streets" e "Dallas Warhead"(Instrumental) retratam exatamente a fúria e a técnica deste mestre da guitarra.

Gary Moore morreu aos 58 anos de idade, na madrugada de 06 de fevereiro de 2011, enquanto passava férias no Hotel Kempinski em Estepona, Espanha. Sua morte foi confirmada por seu ex-empresário Adam Parsons.



Fontes: Wikipedia, Whiplash, Site oficial de Gary Moore.